26 de junho de 2014
Parece que foi ontem que eu estava morrendo de medo, me despedindo dos meus pais no aeroporto, pensando "como eu vou passar cinco meses sem eles?". Mas cinco meses viraram dez, eu mudei, cresci, aprendi a cozinhar, a ser organizada (mais ou menos, vai), a cuidar de mim mesma, aprendi que família não é só de sangue, ganhei uma mãe/avó, um irmão, uma irmã... É estranho pensar o quando a vida muda em um ano, como é possível sentir tanto em tão pouco tempo, afinal, intercâmbio é uma montanha russa de sentimentos, você ta feliz e, de repente, começa a chorar, sem razão, só porque deu vontade, é se sentir carente de colo de mãe, de conselho de pai, é perceber quem são seus amigos de verdade, e o quão incrível eles são, afinal você esta do outro lado do hemisfério e eles ainda te agüentam. Você sente saudades pra caramba, mas é uma saudade boa, você sabe que vale a pena. É engraçado quando as pessoas me perguntam se to animada para voltar para casa, porque eu sinto que to em casa, aqui nessa pequena cidade de 22 mil habitantes eu me sinto em casa, mas tudo que é bom acaba. Hora de voltar para o Brasil, para minha família, meu amigos, hora de matar a saudades, antes de começar uma nova vida em um novo pais, hora de voltar para minha primeira casa, mas é com um grande aperto no coração que deixo minha segunda casa, mas sei que nao é um adeus, mas sim ate a próxima.
